quinta-feira, 18 de julho de 2024

Ordeiro e Bom

 

Paladino - arte de Larry Elmore

Personagens de alinhamento ordeiro / bom empenham-se em combater o mal ativamente mesclando virtudes como compaixão, justiça, temperança, honestidade, prudência, lealdade e altruísmo com princípios éticos como honra, disciplina, diligência, senso de dever e o respeito às tradições e leis.

Estes personagens têm um imenso senso de justiça e acreditam que os meios determinam o fim, por isso jamais aceitam comprometer seus princípios morais e éticos por qualquer motivo, mesmo em momentos difíceis. São aqueles personagens que sempre fazem o que é bom e correto em qualquer situação.

A visão de mundo ordem / bondade determina que as leis devem sempre ser equilibradas com justiça e compaixão e que as leis, tradições e costumes de uma sociedade devem estar subordinadas a princípios virtuosos, bons e justos. Justamente por isso, estes personagens têm grandes dificuldades em respeitar ou seguir leis que promovam princípios amorais, malignos, injustos e tirânicos – e uma vez que sua honra pessoal o impede de compactuar com qualquer sistema legal tirânico, injusto ou opressor que promova práticas malignas ou imorais, muitos se opõem abertamente a este tipo de situação, seja protestando verbalmente, agindo legalmente para mudar o sistema de dentro para fora ou, em casos extremos, opondo-se ativamente a tiranos, corruptos e autoridades que abusam de seu poder.

Devido a seu senso moral apurado, estes personagens não aceitam ou compactuam com injustiças de qualquer espécie, e tampouco são coniventes ou fazem vista grossa para crimes ou ações malignas que vão de encontro a seus princípios, mesmo que cometidas por um companheiro de grupo. Alguém que quebra ou distorce regras por mera conveniência não é digno de seu respeito.

No geral, os personagens ordeiros e bons respeitam as autoridades legalmente constituídas, sejam civis ou religiosas, desde que estas se empenhem para manter princípios de bondade, justiça e virtudes. A figura do rei-filósofo, descrita por Platão na República, seria a personificação ideal do governante bom e ordeiro.

Devido a seus princípios morais elevados e apreço por hierarquia, tradição, disciplina, organização social, código de honra e ordem, os ananos como um todo são considerados ordeiros / bons, embora indivíduos possam ter quaisquer alinhamentos.

Seus princípios morais e éticos pessoais, sejam eles religiosos ou filosóficos, são sempre esmerados com um forte senso de dever para com seus familiares, amigos, companheiros, governantes e superiores – desde que estes também estejam comprometidos com princípios morais e éticos elevados.


Princípios comuns aos personagens ordeiros e bons:

    Não gosta de mentir e, em muitos casos, simplesmente não sabe ou não consegue mentir – omitir ou recusar-se a contar a verdade em certos casos extremos (quando interrogado por um inimigo ou para salvar um inocente, por exemplo) é aceitável.

    Jamais quebra sua palavra de honra (note que o personagem não tem obrigação de manter sua palavra ou honra com pessoas sabidamente desonradas, pérfidas e malignas).

    Jamais comete um ato criminoso (assassinato, roubo, vandalismo, suborno, etc.) ou faz vista grossa quando sabe que um ato criminoso foi cometido.

    Segue a lei e respeita autoridades legalmente constituídas quando estas seguem bons princípios morais.

    Jamais comete traição contra um familiar, amigo ou companheiro.

    Criminosos e malfeitores devem, quando possível, ser denunciados ou levados à justiça, a menos que o personagem tenha poderes legais legítimos para lidar com a situação.

    Vingança é algo inaceitável.

    Demonstra compaixão com aqueles que são mais fracos ou destituídos, e sempre ajuda os necessitados da melhor maneira possível.

    Sempre salda suas dívidas e cumpre seus contratos.

    Sempre trata oponentes honrados da mesma forma, aceita rendições e cuida de seus prisioneiros. Adversários dignos sempre são tratados com honra e nobreza, dentro e fora do campo de batalha.

    Não tolera ou faz barganhas com o mal. Pelo contrário, atua ostensivamente para destrui-lo.

    Quando fora de sua terra natal procura sempre respeitar as leis e costumes locais.

    A aplicação da lei e da ordem deve sempre ser equilibrada com princípios como compaixão e caridade. Devoção cega à letra da lei é algo deletério e deve sempre ser rejeitado. Punições a criminosos devem ser justas e proporcionais ao crime.

    Um personagem ordeiro e bom não é tolo e não tem obrigação moral de colocar a si mesmo ou seu grupo em perigo sob pretexto de “manter a honra” – nestes casos, discernimento e prudência são fundamentais.


Ações que os personagens ordeiros e bons nunca praticam:

   Perfídia (inclui traição, deslealdade, quebrar a sua palavra de honra e romper um contrato sem motivo).

    Mentira ou manipulação em benefício próprio ou visando vantagens pessoais; em algumas situações muito específicas, a mentira ou a omissão pode ser usada como último recurso e desde que seja para evitar um mal ainda maior.

    Cometer um crime, por qualquer motivo.

    Não aceitar uma rendição honrosa ou maltratar prisioneiros.

    Cometer atos malignos (tortura, assassinato, uso de venenos letais, ganância, intimidação, blasfêmia, criação de mortos-vivos, associação com criaturas e seres malignos ou dos planos inferiores, corrupção e aliciamento de inocentes, etc.).

    Ser conivente com atos malignos ou criminosos, mesmo quando cometidos por um companheiro.


Exemplos de personagens ordeiros / bons da ficção:
Aragorn
Rei Arthur e Sir Galahad
Sturm Brightblade e Goldmoon (Dragonlance)
Gareth Dragonsbane, Dragonbait e Sir Priam Agravar (Forgotten Realms)
Ajantis, Dynaheir, Keldorn e Mazzy (Baldur’s Gate)
Alistair e Cassandra (Dragon Age)
Capitão América e Thor
Superman, Lanterna Verde (Hal Jordan) e Gavião Negro
Optimus Prime
Minato Namikaze, Hinata Hyuga, Neji Hyuga, Mighty Gai, Rock Lee e Gaara (em Naruto Shippuden ao se tornar o Kazekage)
Gohan (Dragon Ball)
Ned Stark e Brienne de Tarth (GoT)

 

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