segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Cosmologia


Um dos aspectos mais longevos de (A)D&D é sua cosmologia, conhecida como a Grande Roda, que esteve presente no jogo desde 1977 até sua versão d20. Segundo essa cosmologia, o multiverso de (A)D&D é composto por 17 planos exteriores (fortemente ligados ao conceito de tendências/alinhamentos), além de planos elementais, planos de energia positiva e negativa e os planos astral e etéreo.

Porém, por mais incrível que seja essa cosmologia, ela apresenta, a meu ver, alguns pequenos problemas - por exemplo, o fato dos planos exteriores serem organizados por tendências/alinhamentos faz com que os membros de um mesmo panteão estejam espalhados por planos diversos, o que contradiz as lendas e mitos que descrevem lugares como Asgard ou o Olimpo.

Outro problema são os planos elementais. Para que temos planos elementais, para-elementais e quase-elementais se os mesmos são proibitivos para os mortais? Quer visitar o plano do fogo? É possível, mas seu PC será imolado instantaneamente assim que puser os pés lá.

Pensando nisso, fui buscar versões alternativas de cosmologia para jogos de fantasia, e encontrei alguns conceitos bastante interessantes em Beyond Countless Doorways e, por incrível e improvável que pareça, no Manual of the Planes de D&D IV.

E aqui está minha cosmologia alternativa: 

Plano Material
São os mundos de campanha: Oerth, Krynn, Faerûn, Aebrynis, etc. e que servem de morada para os seres mortais. 

Plano Astral
Também chamado de Oceano Astral por alguns sábios, é o espaço onde estão contidos todos os planos, sejam eles materiais, exteriores, etc. É possível viajar pelo plano através de magias ou certos itens mágicos raros. 

Planos Exteriores
São os domínios dos deuses e seres celestiais e infernais que existem dentro do Oceano Astral. Cada panteão ou hoste habita seu próprio plano ou domínio exterior. Olimpo, Asgard, Yaaru, Arvandor, Sete Paraísos, Limbo, Abismo e Nove Infernos são exemplos de Planos Exteriores. Muitos desses planos possuem ligações com um ou mais Planos Materiais. 

Planos Interiores
Alguns sábios referem-se a estes planos como "semi-planos". São muito semelhantes aos planos materiais, porém possuem alguma peculiaridade ou característica particular que os distingüe de um mundo material "normal". Ravenloft, as Outlands e os domínios astrais dos Githyanki são exemplos de Planos Interiores. Estes planos quase sempre possuem ligações com planos materiais e, com a informação e meios correto, acessá-los é algo relativamente fácil. 

Plano Elemental
É um plano intermediário e infinito que engloba vários domínios elementais, como a Cidade de Latão dos Efreeti, o Grande Oceano, etc. É a morada de elementais, gênios e outros seres fortemente ligados aos elementos. Ainda que seja um plano inóspito, e sua física varie assustadoramente entre os domínios elementais, mortais podem sobreviver nele com as devidas precauções.

Planos Paralelos
Assim chamados porquê estão localizados paralelamente aos planos materiais. Seu número é possivelmente infinito, já que cada Plano Material possui seus próprios planos paralelos. São facilmente acessíveis através de portais naturais. Alguns exemplos destes planos são:

Terra das Sombras, às vezes chamada de "Plano Etéreo", é a morada das almas inquietas e perdidas. Fantasmas, aparições, sombras e espectros se originam e tiram sua força deste plano, e magos que praticam magia tenebrosa mantém fortes vínculos com esta dimensão. Sua aparência é um reflexo do mundo mortal, porém mergulhado em eterno crepúsculo. Construções e estruturas são sempre muito antigas, decadentes ou em ruínas.

Terra das Fadas, conhecida  por diversos nomes, como Annwn, Mag Mell, Tír na nÓg, Emain Ablach ou Faraenyl, entre outros. Em alguns casos é o plano de origem das fadas; em outros, é seu destino após deixarem o Plano Material.


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