segunda-feira, 5 de março de 2012

Se esses mundos fossem meus...

O que você faria se pudesse publicar os mundos clássicos de AD&D? Mudaria alguma coisa? Deixaria como está? Se eu pudesse, minha versão dos mundos clássicos da TSR seria assim:

Greyhawk
O primeiro e mais clássico mundo do AD&D teria a devida importância restaurada. Eu continuaria de onde o Living Greyhawk Gazetteer parou (ano de 591 CY). Ajustaria o nível tecnológico do mundo para equiparar-se ao tempo das Crusadas (sécs. X-XI); a magia seria mais rara; deixaria alguns povos e regiões mais "historicamente precisos" (como Gary Gygax fazia inicialmente) e ajustaria a religião para um culto panteônico, próprio para cada um dos quatro povos principais de Oerth.

Forgotten Realms
Um dos maiores problemas de Faerûn é que os autores nunca se decidiram se o cenário era Medieval ou Renascentista. Esse seria um problema que gostaria de resolver. Partindo da "caixa cinza" original, daria um salto de 100 anos (ignorando todos os acontecimentos da Guerra dos Avatares, d20 e todo o lixo publicado para a "suposta 4a edição"). O cenário teria tecnologia e sociedade equivalente à primeira metade do século XVI - com caravelas e outras invenções à la Leonardo da Vinci, bancos, cidades desenvolvidas e armas de fogo, como canhões e arcabuses. E colocaria Ed Greenwood como consultor e desenvolvedor em tempo integral.
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Dragonlance
A campanha se iniciaria em 360 AC, três anos após o ataque da Dama Azul a Palanthas conforme descrito na trilogia Legends. Solamnia seria unificada como um império ao invés de uma frágil coalizão de estados; todos os cataclismos e eventos épicos descritos nos livros posteriores (de Dragons of Summer Flame em diante) seriam ignorados, o que daria aos jogadores mais liberdade com o cenário sem ficarem presos às tramas dos livros.

Mystara
Um dos mundos originais do D&D Clássico, Mystaria seria o cenário das campanhas oficiais da RPGA.

Ravenloft
Reiniciaria de onde "Realms of the Dread" parou, porém com uma modificação - o continente central consistiria apenas de mundos com tecnologia e sociedade medieval. Outros domínios mais tecnologicamente avançados, como Lamordia, por exemplo, se tornariam ilhas ou domínio isolados nas névoas.

Kara-Tur
Seria relançado exatamente como na caixa Oriental Adventures.

Al-Qadim
Seria relançado com uma modificação - a tosca religião politeísta seria substituída por uma religião monoteísta.

Planescape
Tem idéias interessantes, mas preferiria lançar um Manual of the Planes, como na 1a Edição do AD&D. Posteriormente, poderia lançar um Planar Companion com regras e idéias para campanhas extra-planares, onde Sigil poderia servir como base temporária para os PCs.

Dark Sun
Relançaria e continuaria de onde a caixa original Dark Sun Boxed Set, lançada em 1991, parou e ignoraria os eventos dos livros e da caixa revisada de 1995. E, claro, tentaria criar um sistema decente de poderes psíquicos.

Spelljamer
O conceito das speljamming ships, um navio mágico que pode viajar entre mundos é interessante, e poderia constar em algum suplemento. Porém, não acho que este cenário teve tanta aceitação para justificar um relançamento.

Gostaria de lançar, também, um cenário baseado na África Medieval como Nyambe, mas mais focado no cenário do que em regras.
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4 comentários:

  1. ola
    o da africa concordo
    lembro de artigos da dragon magazine criandos mundos na africa , armas e kits que eram muito interessantes

    bye
    j roberto

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  2. Oi, gostei do seu blog. Compartilhamos algumas opiniões. Sou um grande fã de D&D e fantasia em geral. Vou passar por aqui de vez em quando.

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  3. Oi, Alex.

    Obrigado pelo comentário e seja bem-vindo!

    Ricardo

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  4. @ J. Roberto

    Há uns anos a Atlas Games publicou um cenário para d20 chamado "Nyambe - African Adventures", baseado na África histórica e mítica pré-colonial.

    Só não comprei o livro porque a descrição do cenário, que era o que me interessava, ocupava apenas 30% do livro (o restante eram regras).

    Como alternativa, há aqueles artigos da Dragon Magazine sobre o "Dark Continent" que você mencionou - mas que não são tão bons quanto Nyambe.

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